JOÃO DA SILVEIRA PINTO – Eleito em 7/12/1958 - Posse em 31/3/1958 - Governou até 18/02/1963
RESULTADO
DO PLEITO ELEITORAL:
João PINTO
PSD) - 1.709
Vice – Isauro Camilo – 2.019
Custádio Dantas da Silva (UDN) – 1.090
Vice – João de Deus Ferreira Pinto 775
Maioria em prol do vitorioso foi de 619 votos
Dr.
João Pinto, natural de Apodi-RN, em 26/10/1918 e falecido em Mossoró-RN, em
21/01/2003, filho do Coronel Francisco Ferreira Pinto e de Maria Salomé Diógenes Pinto(primeira eleitora
apodiense, em 1928). Era casado com Cesarina de 0liveira Pinto (26/03/1921 –
24/07/1998), com os seguintes filhos:
1 – Dr. FRANCISCO ALCIVAN PINTO, nascido a 7 de
setembro de 1938 e faleceu em 6 de agosto de 1996,
Exerceu a função de Tabelião do 2º Cartório
Judiciário de Apodi, no período de 1956 a 1972, como também foi primeiro
diretor da Escola Estadual “Professor Antonio Dantas”, criada pelo Decreto nº
4.478, de 9 de junho de 1965, publicado no Diário Oficial nº 855, de 10 de
junho de 1965, sancionado pelo então governador Aluízio Alves. Foi o primeiro presidente da Casa do
Estudante de Mossoró. Patrono de uma
Escola Municipal no bairro Bacurau.
Era casado com TEREZINHA GURGEL MONTEIRO
PINTO, pai de MARIA LILIAM MONTEIRO PINTO RODRIGUES, nascida em 18 de setembro
de 1967, casada com Moab Henrique Rodrigues, mãe de Jessica Pinto Rodrigues e
Marcela Pinto Rodrigues.
2 – ANTONIA PINTO GADELHA
2 – ANTONIO PINTO GADELHA
3 – JOSÉ AURIVAN PINTO
4 - JOÃO PINTO FILHO;
5 – LÁZARO DE OLIVEIRA PINTO
6 – LUZIA DE OLIVEIRA PINTO
7 – CÉSAR DE OLIVEIRA PINTO;
8 – TARCÍSIO DE OLIVEIRA PINTO;
9 – MARIA DAS GRAÇAS PINTO
10 – FRANCISCO PINTO NETO
11 – MARIA DA CONCEIÇÃO PINTO DIÓGENES, casada com
José Vandilson Diógenes, natural de Apodi-RN, nascido em 14 de maio de 1939,
filho de Valdemiro Custódio da
Silva(14/03/1902 – 01/10/1991). Filho de
Manoel Custódio da Silva e de Raimunda Dantas da Silva; e de CECILIA
JOAQUINA DIÓGENES (1902 – 1977), FILHA DE
Luiz Diógenes Ferreira Pinto e Joana Diógenes Pinto, com os
seguintes filhos: SILVANIA PINTO DIÓGENES PINTO (09/8/1964), casada com NILTON
LUIZ ALVES DE OLIVEIRA, natural de Apodi, nascido em 17 de setembro de 1958 e
falecido em 06 de março de 2000, filho de Niltom Alves de Oliveira e Maria do
Socorro Marinho e MAX WENDER PINTO (20/03/1963).
Vejamos o
que diz Raimundo Marinho Pinto, conhecido popularmente por Pintinho, em seu
livro RESGATE DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS E DOS ADMINISTRADORES DE APODI, lançado no
dia 2 de setembro de 2019:
João
Pinto, homem de larga envergadura moral e social, ao seu tempo, sua
administração foi modesta, mas de certa forma contribuiu para o desenvolvimento
social e econômico do município de Apodi.
Na época o
município sobrevivia dos poucos recursos. Não existia recursos nos moldes de
hoje, fundo de participação, repasses de cota ou royalties, emendas de
parlamentares, auxilio do Governo Federal e outros tipos de impostos como renda
para o município.
Segundo
informações do senhor Francisco Chaves Sizenando (CHAVINHA), até o ano de 1962,
o município recebia uma ajuda do governo estadual no mês de outubro de cada
ano, valor esse, não muito vultoso. Além dessa pequena ajuda, a prefeitura
sobrevivia da renda do despejo e de arrecadação de impostos de imóveis urbano e
rural. Com essa arrecadação de impostos era pago a folha de pagamento de
funcionários, manutenção com o combustível do motor a óleo diesel, manutenção
da rede telégrafo, amplificadora (meio de comunicação na época no município de
grande utilidade para as pessoas). Entre outros cargos de caráter social.
Elencamos
aqui as ações da administração do então prefeito João Pinto, de 31 de março de
1958 a 18 de março de 1963.
1 – A pavimentação da Rua Nossa Senhora da Conceição
e rua São João Batista, trechos compreendidos
calçamento a paralelepípedo, da esquina da casa de Antonio Cabral até a
casa antiga de Cotó. Pelo lado da Loja Comercial de Valdir Morais. Também, nos
espaços, frente e por trás da Matriz de Nossa Senhora da Conceição e São João
Batista. João Pinto foi o primeiro prefeito iniciar calçamento nas ruas de
Apodi.
2 – A compra de um motor estacionário a óleo diesel
de médio porte, para suprir o funcionamento de luz na cidade, das 18h às 21h.
3 – Ampliação, estendendo postulação para outras
ruas que iam surgindo, assim na usina acrescentava-se os quadros de chaves, de
ligar e desligar, para todos os respectivos ramais. Já sob a geração de energia
elétrica por meio de motor marca Mercedes Bens a óleo diesel.
4 – Manutenção da rede (linha) de telégrafos, meio
de comunicação para outras localidades da federação.
5 – Manutenção de uma amplificadora, meio de
comunicação, o qual era de utilidade pública para as pessoas da cidade.
6 – Auxilio as pessoas carentes com deslocamentos
para tratamento de saúde em Mossoró ou Natal, também em casos de operações..
7 – Auxilio de caráter social e funeral.
8 – Auxilio advocatícia àquelas pessoas que não
podiam cotratar defensores em determinadas causas.
9 – Auxilio com documentos, casamentos, foto 3x4 para
o titulo eleitoral, na época adotado pela justiça eleitoral. Auxilio com
medicamentos para as pessoas que não podiam comprar, além de outras obrigações
com a administração.
Destacamos
que foi na gestão do prefeito João Pinto que Apodi teve destaque com campeonato
de futebol de campo. Na época houve apresentação de torneios de futebol disputando
classificação com outras seleções (times) lá de fora, como cidades de Mossoró,
Martins, Assu e Areia Branca. Quanto a esse tipo de esporte o prefeito João Pinto,
deu muita atenção ajudando no que era necessário, tanto pessoal e do que dependia
da prefeitura.
OBS.: João Pinto, faltando
menos de dois meses para terminar seu
mandato, mas precisamente em 18 de fevereiro de 1963, foi cassado pela Câmara
Municipal, que tinha como presidente o senhor Izauro Camillo, vice-prefeito e
como primeiro presidente, o vereador
Pedro Valdomiro Viana. Quem assumiu a prefeitura foi o vereador Valdomiro Pedro
Viana, o qual foi o responsável pela transição, passando o cargo para o
prefeito Izauro Camilo de Oliveira. Portanto, João Pinto foi o único
prefeito de Apodi cassado.
OS MOTIVOS:
O mesmo foi afastado do cargo por 40 dias pela
câmara Municipal de Apodi, por não ter comunicado a câmara para obter
autorização do contrato do arrendamento das terras do despejo aos pequenos
agricultores (vazanteiros),plantadores de cultura de feijão, arroz. Trigo,
batata doce e outras lavouras, além de plantio de capim para ração de animai.
Os vereadores sentiram-se desrespeitado e numa
consulta a lei que responsabilizava o prefeito por ato ilícito, resolveram
cassar o mandato de João Pinto.
Nessa época
o vice-prefeito Isauro Camilo havia se afastado para disputar as eleições de
prefeito. Valdemiro Viana, por ser o vereador mais votado, foi indicado pela
Câmara Municipal para assumir a prefeitura por 40 dias, enquanto Isauro, já
eleito, aguardava a posse de prefeito.
Depois de sua missão cumprida como prefeito de
Apodi, João Pinto esqueceu a política e foi residir na cidade de Mossoró.
Assumiu o cargo de auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio
Grande do Norte, lotado na Coletoria Estadual de Mossoró-RN. Cargo esse
adquirido através da força política do seu tio o Coronel Lucas Pinto.
O ex-prefeito
João Pinto residiu por muitos anos em Apodi, sua residência, a casa nº 185,
vizinho a Casa Paroquial, Rua Nossa Senhora da conceição